sexta-feira, 20 de setembro de 2013

DINAMICA DA NATUREZA REVELA QUE HÁ UM CRIADOR

Dinâmica da natureza revela que há um criador

 Por: Valdemir Mota de Menezes, o Escriba

O que torna diferente os organismos vivos da matéria inanimada?
Hoje, vamos caracterizar, até o possível,
o motivo pelo qual os organismos vivos atraem nossas atenções
desde que o primeiro ser racional surgiu sobre a superfície da Terra.

Se examinarmos isoladamente as moléculas que compõem os seres vivos
e as que compõem a matéria inanimada, notaremos que ambas são regidas
pelas mesmas leis físicas e químicas. Entretanto, existem três diferenças
básicas que distinguem os organismos vivos da matéria inanimada. Em primeiro
lugar, os organismos vivos possuem um grau de complexidade e organização
não encontradas na matéria inanimada, as quais são compostas
por componentes químicos simples. Em segundo lugar, os organismos vivos
utilizam energia disponível em seu meio ambiente para realizar trabalho, por
exemplo, trabalho mecânico durante a migração celular e durante a divisão
celular. Essa energia é captada normalmente na forma de nutrientes químicos
(nos organismos heterótrofos) ou na forma de luz solar (nos organismos
autótrofos), embora existam outras formas de captação de energia, como a
quimiossíntese. A terceira diferença é o fato de os organismos vivos possuírem
capacidade de autoduplicação precisa. A partir de uma única bactéria
isolada e cultivada em meio próprio, em um dia obteremos milhões de células
filhas, idênticas entre si, e a célula original.
A capacidade de autoduplicação é um dos fatores que mais despertam a
curiosidade dos cientistas, uma vez que cristais (formas inanimadas) são
capazes de se auto-replicar, dando origem a materiais idênticos em estrutura
ao cristal “mãe”. Isso fez com que Erwin Schrödinger propusesse, em
seu ensaio What is life?, que o material genético (que ainda não se sabia
que era o DNA) deveria possuir algumas das propriedades de um cristal.
Quando observamos um organismo vivo, notamos que cada um dos seus
componentes é responsável por uma função específica. Isso vale tanto
para o aspecto macroscópico, como os órgãos, quanto para o aspecto
microscópico, quando estudamos as funções das organelas. A interação
entre essas estruturas é que torna um organismo vivo dinâmico, o que não
ocorre com a matéria inanimada. Obviamente, quando um desses componentes
sofre alteração, os outros componentes sofrem alterações
compensatórias ou coordenadas, o que demonstra a complexa inter-relação
entre eles.

Como vimos acima, todos os organismos são feitos da mesma matéria
que compõe a matéria inanimada e são governados pelas mesmas leis.
Assim, como essas moléculas conferem as características que nós chamamos
vida? Como um organismo pode ser mais do que a soma de suas
partes? Essas perguntas são levantadas no livro Lehninger - Principles of
Biochemistry (Cox, M. M. e Nelson, D. L., 3a. edição). Essas questões
são difíceis de serem respondidas, sendo,  somente compreendida pela existência de Deus, o Todo-Poderoso, que é maior que o infinito e mais velho que o tempo.

Os organismos vivos são muito diferentes entre si, tanto em sua função
quanto em sua aparência. Compare uma bactéria com uma ave! Agora compare
uma água-viva com um mamífero. Note as enormes diferenças encontradas
entre eles, mesmo sendo compostos pelas mesmas estruturas.
A maior parte das moléculas que compõem os organismos vivos é composta
por cadeias carbônicas, nas quais um átomo de carbono se liga a
outro átomo de carbono e a outros átomos, como hidrogênio, nitrogênio
e oxigênio, por exemplo. Essa ligação do carbono com diversos outros
átomos possibilita uma grande diversidade de moléculas, as quais podem
possuir diversos pesos, ou massa molecular. Assim, moléculas com baixa
massa molecular servem, geralmente, como unidades monoméricas para
a construção de estruturas maiores chamadas polímeros. Por exemplo,
aminoácidos são subunidades (monômeros) que constituem as proteínas,
as quais podem possuir até 1000 ou mais aminoácidos. Outro exemplo são
os ácidos nucléicos, DNA e o RNA, os quais são compostos por dezenas
de milhares de subunidades de nucleotídeos em organismos simples, a
até bilhões de nucleotídeos, como no ser humano, por exemplo. Ainda não
podemos nos esquecer dos polissacarídeos, carboidratos compostos por
milhares de subunidades de açúcares, como o glicogênio, por exemplo.
Durante nossas aulas sempre versaremos a respeito de energia, um dos
temas centrais da bioquímica. Para relembrarmos rapidamente, a segunda
lei da termodinâmica mostra que todos os sistemas tendem a decair para
um estado de menor energia. Assim, para evitar esse colapso, um sistema
vivo necessita de um suprimento constante de energia disponível no
meio ambiente. Por esse motivo, as células desenvolveram mecanismos
eficientes para transformar a energia disponível no meio ambiente em uma
forma de energia que possa ser utilizada por elas de forma eficaz. Hoje sabemos
que o rendimento da energia na célula é muito superior a qualquer
dispositivo já criado pelo homem, como o motor à combustão.
Um fato importante a destacar é que na natureza nada é estático. A dinâmica
da natureza pode ser encontrada em todo e qualquer lugar: desde
uma praia deserta até no interior de uma célula. Vamos tomar como exemplo
a síntese de uma proteína X por um organismo qualquer. Esse organismo
adquire aminoácidos do seu meio por intermédio da sua alimentação
ou mesmo por biossíntese (veremos esses detalhes mais para frente em
nosso curso). Esses aminoácidos são unidos uns aos outros por meio de
ligações peptídicas em uma ordem determinada pelo DNA, criando a proteína
X, a qual realizará a sua função nesse organismo. Depois de algum
tempo, essa proteína será degradada e seus constituintes, os aminoácidos,
poderão ser utilizados na construção de uma nova proteína, a proteína

Y, por exemplo.